Depois de conhecer a capital Bruxelas (leia aqui) e as cidades do sul (leia aqui), chegou a vez de dirigir para o norte da Bélgica e conhecer duas cidades da região de Flandres, Bruges e Ghent. Quando você começa a ver as placas em holandês, e não entender mais absolutamente nada do que estão dizendo no rádio, você chegou!
Dia 4: Dinant e Bruges
Saímos de Dinant por volta das 13h e ao chegar em Bruges procuramos uma vaga antes de entrar no centro histórico, pois lá as ruas são apenas para pedestres.
A cidade é absolutamente encantadora! Os canais, os predinhos de arquitetura flamenga, as praças e becos escondidos nos transportam para outra época. Impossível deixar de imaginar como era a vida de artistas, comerciantes, nobres, crianças e etc naquelas mesmas ruas.
A Grote Markt é a praça principal e foi nosso ponto de partida para uma voltinha despretenciosa e sem roteiro pela cidade. É nela que ficam os famosos predinhos coloridos, a Torre Belfort, de onde se tem a melhor vista da cidade e o Historium, um museu interativo contando como era a vida na Bruges medieval. Além é claro, de cafés, restaurantes e friteries.
Outra praça importante é a Burg, onde fica o magnífico prédio da prefeitura, chamado de Stadhuis e uma igreja que entrou na minha lista de igrejas-fantásticas-para-pessoas-não-religiosas (junto com a Sagrada Família em Barcelona e a Catedral de Brasília!).
Estou falando da Basílica do Sangue Sagrado, ou Heilig Blutbasilika, que por fora nem parece uma igreja, embora o prédio seja lindo! Mas por dentro é toda ornamentada com cores e formas que me remeteram um pouco a um cenário surrealista. Talvez tenha viajado, mas vale a pena ir conferir e tirar suas próprias conclusões. Para os religiosos, é possível visitar a relíquia que dizem ser um frasco com o sangue de Cristo.
Vimos que tem alguns museus bem interessantes também, como o Groeningemuseum, que tem obras de importantes artistas flamengos como Jan van Eyck! Mas não deu tempo de fazer a visita dessa vez, fica pra próxima.
Depois disso foi mesmo só “flanar” pela cidade admirando o fim de tarde e aproveitar a última noite pra experimentar mais algumas cervejas trapistas. Ficamos hospedados no Ibis Budget Centrum Station, como o nome sugere, perto da estação de trem. A escolha foi porque o estacionamento que fica bem em frente ao hotel é mais barato que os do centro e o valor era o mesmo para um quarto duplo em hostel. Vale o custo benefício.
Dia 5: Ghent
Como tínhamos um tempo antes do vôo, e como já disse, tudo na Bélgica é muito perto, aproveitamos para conhecer a cidade medieval de Ghent, no caminho entre Bruges e Bruxelas.
Caminhamos um pouco pelo centro histórico e seus canais. Destaque para a St. Nicolas Church, a Torre Belfort (assim como em Bruges, Ghent também tem sua “torre do sino”), a Catedral de St. Bavos e o Gravensteen, ou Castelo dos Condes.
Na hora de ir embora veio a surpresa desagradável da viagem! Voltamos para onde o carro estava estacionado uma hora antes de vencer o “zona azul” que compramos e lá estava uma multa no vidro! A única informação que dava pra entender no meio daquele holandês indecifrável era € 80,00!!!
Não entendemos nada e na hora de devolver o carro perguntamos para os funcionários que só descobriram o problema quando mostramos a foto de onde estava o carro, debaixo de uma placa com o símbolo de permitido estacionar, com uma pequena frase em baixo, escrito em holandês “apenas moradores”!
O sistema de multas no país é gerido por uma empresa privada, e não pelo governo. Tentei entrar em contato por email explicando que éramos turistas e não entendíamos holandês, que pensávamos estar corretos já que paramos em um lugar aparentemente permitido e pagamos pelas horas que ficamos lá, e que honestamente, por ser um lugar turístico, talvez fosse de boa fé colocar esse tipo de informação em inglês, para não confundir já que o símbolo de permitido estacionar é internacional! Mas a resposta foi curta, grossa e sem nenhuma simpatia. Perdemos € 80,00, fazer o quê!
Resumindo a viagem, a Bélgica é linda e merece mais do que um bate-volta! Aproveite para experimentar muito chocolate, batata frita e cerveja trapista. Não espere muita simpatia dos belgas, embora esse seja um perfil europeu, achei eles menos friendly do que quase todos os lugares que já visitei por aqui. Ah, e não tenha medo de ir no inverno, é totalmente possível de aproveitar e ainda rola neve! 🙂
Ps. Também é possível fazer as cidades de trem, mas no caso de alguns lugares mais fora da rota como a Abadia de Orval, o mais prático é o carro.
Como tive que dividir o texto em três partes, vou unir o roteiro aqui pra servir de base para quem precisar:
Dia 1: Bruxelas
Dia 2: Bruxelas
Dia 3: Abadia de Orval / Durbuy
Dia 4: Dinant / Bruges
Dia 5: Ghent
*Informações de Fevereiro/2016
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