Capri é daqueles destinos que a gente namora pelo Instagram e faz a promessa mental, “um dia eu vou lá!”.
Eis que chegou minha vez! Passei em Junho um dia e meio pela paradisíaca ilha italiana na companhia de amigas que amo (obrigada suas lindas! ♥) e vou dizer, vale cada centavo de euro (e olha que são muitos viu!?)!
Como se locomover em Capri?
A ilha é basicamente dividida entre Capri, a parte mais famosa e glamurosa e Anacapri, o lado mais pacato e menos caro. O transporte gira em torno de três opções:
- Táxi – São carros conversíveis com preços fixos para cada trecho. Baixe essa tabela no seu celular e verifique o valor com o motorista antes de entrar no carro, pois acontece de eles quererem cobrar mais (o nosso por exemplo cobrou 5 euros a mais pois nossa pousada ficava uns 300 metros do centro de Anacapri!) ou cobrar as malas que já estão inclusas no valor da tabela. Essa opção é interessante na chegada e partida, caso tenha malas, mas fica bastante cara para usar como meio de transporte oficial.
- Ônibus/Funiculares – Os ônibus saem/chegam basicamente dos centros de Capri e Anacapri, portanto dependendo do destino é preciso ir primeiro para um desses lugares e depois pegar outro ônibus. O sistema funciona bem, embora as vezes seja bastante lotado. Os ônibus costumam levar por volta de 15 minutos pra passar e o valor da passagem é por volta de 2 euros, é possível comprar o bilhete nos terminais ou dentro do ônibus. Nesse site há mais informações sobre os horários de cada linha.
O mapa abaixo mostra todas linhas existentes, então se quer ir de Capri para a Gruta Azul por exemplo, deve pegar um ônibus de Capri para Anacapri e depois de lá para a Gruta.
- A pé – Sempre há essa opção, né?! O problema é que tudo é subida! Ou seja, é até possível descer a pé pra alguns lugares (não recomendo se tem pouco tempo disponível), mas pra subir tem que ter muita coragem Rs! Pelos centros tanto de Capri quanto de Anacapri é tranquilo fazer tudo a pé.
Roteiro Capri – Dia 1
Nós chegamos de barco por Nápoles, compramos o bilhete no próprio dia, nos guichês junto ao porto, mas é possível comprar pela internet também. Eles recomendam chegar meia hora antes.
Existem algumas empresas que vendem o serviço e normalmente há duas opções, um barco mais rápido, que leva em torno de 50 minutos e custa por volta de 21 euros e outro mais lento, que leva por volta de uma hora e meia e custa aproximadamente 14 euros.
Li em vários lugares dizendo que muita gente passa mal durante o trajeto, mas sinceramente não vi nada disso e não senti o mínimo enjôo.
Existe a opção de fazer uma day-trip também, sei que há várias empresas que vendem esse passeio, mas não tenho mais informações.
Já ficamos maravilhadas com as vistas incríveis no caminho (mega tortuoso, como todas as estradas lá) do táxi até a pousada. Ficamos hospedadas no Capri Dreaming, que fica em uma ruazinha super fofa do centro histórico de Anacapri.
O lugar é simples, mas confortável e tem um café da manhã bem gostoso! O único problema é que o dono só fala italiano! Então quando não estavam as outras funcionárias, nos comunicávamos por mímica e pelo Google Translate! Kkk
Deixamos as malas e saímos atrás de praias! Pegamos o ônibus até o centro de Capri e de lá caminhamos (muito) até a praia de Marina Piccola. Demorou quase uma hora, mas as vistas compensaram!
Duas coisas importantes sobre as praias na Itália: 1-) Muitas vezes elas são de pedras, e não areia. 2-) A maioria é dividida entre a parte grátis e a parte paga, que são na verdade os Beach Clubs, aí você paga um valor enorme para ter sua cadeirinha e seu pedaço de praia.
Em Marina Piccola encontramos o pedaço free da praia e ficamos por lá mesmo! É uma prainha pequena, de pedras, super fofa e super cheia também! A água tem um azul convidativo, mas tem que se jogar porque é bem gelada!
Pra voltar pegamos o ônibus e fomos caminhar um pouco pelo centro de Capri. O lugar é uma graça, mas as vezes parece meio surreal de tão luxuoso!
A Piazza Umberto I (ou Piazzeta) é o ponto central e de lá partem diversas ruazinhas com lojas de grife e restaurantes. O valor de uma taça de vinho ou cerveja na maioria dos lugares começa em 7 euros.
A próxima parada foi nos Jardins de Augusto, um dos melhores mirantes da cidade.
O valor de entrada é 1 euro, e de lá vê-se a Via Krupp, um espetacular caminho até o mar, que hoje está fechado para o público; e os Faraglioni, três enormes rochas no meio do oceano que são o cartão postal da ilha!
Diz-se que no terceiro deles vive o lagarto azul (que eu nem sabia que existia, mas depois de uma pesquisa no Google, fiquei encantada!).
Depois de milhares de fotos e uma paradinha pra uma taça de vinho, voltamos para Anacapri e à noite ficamos por lá mesmo. A vantagem é que é um pouco menos caro pra comer e não é tão cheio de turistas (o que eu particularmente prefiro).
E como é a Itália, escolher o que comer não é uma tarefa difícil, tudo é maravilhoso! Como a região é grande produtora de limão siciliano, você encontra vários pratos e doces com o ingrediente, inclusive o Limoncello, uma bebida (que odiamos!) super típica pra tomar depois das refeições.
Roteiro Capri – Dia 2
No dia seguinte fomos direto para a Gruta Azul. A opção pra quem não vai fazer o passeio de barco, como foi nosso caso, é descer do ônibus e procurar as escadinhas que descem para a gruta, quando chegar sua vez vem um barqueiro com um barquinho de 4 lugares te pegar.
O valor para entrar é 14 euros (sim, bem caro!), que você paga para um outro barco. Antes de entrar o barqueiro vem com a conversa de que se gostar podemos deixar 10 euros cada (!) de “caixinha” pra ele… Concordei mas no final demos 10 euros para as 3 por que apesar de ter sido maravilhoso, é muito dinheiro né!?
Na hora de entrar ele pede para que a gente deite no barco, pois a entrada é beeem estreita! Dá aquele frio na barriga, mas a hora que você chega lá dentro é simplesmente indescritível! Enquanto ainda estamos anestesiadas pelo momento U-A-U, eles cantam músicas italianas, o que poderia ficar super brega em qualquer outro lugar, mas ficou mágico ali!
Ele nos disse que a cor fica tão intensa pois a areia no fundo é branca, e as “paredes” da gruta não tocam o chão, fazendo com que os raios de sol entrem e o reflexo deles gere esse azul impressionante na superfície.
O passeio dura poucos minutos e depende da maré, se estiver muito alta, não é possível a entrada. Estávamos muito em dúvida entre ir ou não, muitos relatos diziam que não é tão bonito pelo preço que se paga e etc… Eu achei a parte mais linda da viagem, é realmente uma experiência única na vida e fiquei muito feliz de não tê-la perdido!
Seguimos para a Praia do Farol em Anacapri, que como o nome sugere, fica próximo de um farol! Rsrs… Essa não é nem de areia nem de pedras, é na verdade uma “laje”. Pode parecer esquisito, mas é um dos lugares mais lindos da ilha! Você tem acesso a água por umas escadinhas tipo de piscina, e fica rodeado de enormes rochas compondo um cenário fantástico!
Antes de ir embora paramos para uma salada caprese (porque, né!?), e mais gelatos (melhor coisa da Itália!) e seguimos para Marina Grande para pegar o barco rumo ao próximo destino incrível da viagem, Costa Amalfitana!
*Dados de Junho de 2017
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